sexta-feira, 30 de julho de 2010

Isnaldo Ferreira
Túlio Gimenes
Wingrisson
Daniel Rodrigues
Guilherme Lemos
Rodrigo Baliana


Fatores para a Expansão Marítima


A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.

Formação do Estado Nacional e a centralização política-as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros.
A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima.

Avanços técnicos na arte náutica-o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos-bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.

Interesses econômicos- a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.

Sociais-o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.
Religiosos-a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.

Expansão marítima portuguesa

Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.

A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.

Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.

Etapas da expansão

A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
Expansão marítima espanhola
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.
A seguir a principais etapas da expansão espanhola:
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.

As rivalidades Ibérica

Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.

Navegações Tardias
Inglaterra, França e Holanda.


O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:
A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).

Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.
A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.

CONSEQÜÊNCIAS

As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos Fonte: Fonte (Fonte:http://www.mundovestibular.com.br/articles/4398/1/A-EXPANSAO-MARITIMA-EUROPEIA/Paacutegina1.html )


A chegada de Cabral ao Brasil

A chegada de Cabral ao Brasil foi parte de uma cruzada conduzida pela Ordem de Cristo, a organização que herdou a mística dos templários.

Domingo, 8 de março de 1500, Lisboa. Terminada a missa campal, o rei d. Manuel 1 sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da Ordem de Cristo e a entrega a Pedro Álvares Cabral. O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco para a índia. Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal. com treze navios e 1 500 homens. Além", do tamanho, tinha outro detalhe íncomum. O comandante não possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava, no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil.

A presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autônoma do Estado e herdeira da misteriosa Ordem dos templários , tinha autorização papal para ocupar - tal como nas cruzadas - os territórios tomados dos infiéis (no caso brasileiro, os índios). No dia 26 de abril de 1500, quatro dias depois de avistar a costa brasileira, o cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira parte da sua tarefa. Levantou onde hoje é Porto Seguro a bandeira da Ordem e mandou rezar a primeira missa no novo território. O futuro país estava sendo formalmente incorporado às propriedades da organização. O escrivão Pero Vaz de Caminha, que reparava em tudo, escreveu pane o rei sobre a solenidade: "Ali estava com o capitão a bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que sempre esteve alta." Para o monarca português, a primazia da Ordem era conveniente. É que atrás das descobertas dos novos cruzados vinham as riquezas que faziam a grandeza e a glória, do reino de Portugal. Nas próximas páginas, você vaientender como essa organização transformou a pequena, nação ibérica em um império espalhado pelos quatro cantos do planeta.

(Fonte:http://www.grupoescolar.com/materia/a_chegada_de_cabral_ao_brasil.html )


A expansão marítima européia


1- O interesse pelo desconhecido
Por estar atravessando uma crise financeira muito grave durante o século XV, com pequena chance de expansão comercial, os europeus na busca de soluções econômicas, lançaram-se ao mar desconhecido (o Oceano Atlântico) crendo que encontrariam longe do Mar Mediterrâneo , terras e riquezas. Para atravessar o Mediterrâneo teriam que enfrentar os comerciantes árabes e os da Península Itálica que dominavam a região. Por isso procuraram novos caminhos.
Estimulados pelos relatos das viagens do comerciante e navegador Marco Pólo, que era de Veneza, de que nas novas terras havia abundância de alimentos, de metais e de tecidos finos e coloridos, residências e templos amplos, os viajantes europeus se interessaram em partir para o Oriente.
2- A ciência a serviço dos navegadores
Com o aumento dos negócios marítimos, era necessário aperfeiçoar e até criar novos instrumentos náuticos. Então foi inventada a caravela para que as viagens fosse mais rápidas e mais seguras, até facilitando navegar na direção contrária dos ventos. Os portugueses aperfeiçoaram o astrolábio e a balestilha, que eram instrumentos inventados pelos árabes. Foi dado treinamento sofisticado pelas escolas de navegação sobre o manuseio da bússola e de outros instrumentos. Mapas foram projetados com medidas mais próximas do real.
Os conhecimentos de cartografia baseavam-se quase sempre nas teorias do geógrafo e astrônomo grego Cláudio Ptolomeu.
3- O pioneirismo de Portugal
Os portugueses iniciaram os empreendimentos marítimos em direção à Ásia, navegando pelo Oceano Atlântico. Essas viagens se intensificaram após os turcos otomanos ocuparem a cidade de Constantinopla, bloquearem a passagem entre a Europa e o Oriente.
Com o apoio do rei e dos comerciantes (os burgueses) e o conhecimento científico dos navegantes portugueses, as viagens marítimas foram um sucesso. A primeira conquista dos lusitanos foi a cidade de Ceuta, no Marrocos, no norte da África, em 1415.
A cidade portuguesa de Sagres, tornou-se no início do século XV, um importante centro de discussão das ciências para a navegação e de estudos cartográficos, atraindo astrônomos, matemáticos, viajantes e cartógrafos.
Entre 1482 e 1485, o navegador Diogo Cão explorou a costa da África ocidental. E depois Bartolomeu Dias, entre 1487 e 1488, conseguiu chegar ao Cabo das Tormentas, que passou a ser chamado de Cabo da Boa Esperança. Vasco da Gama chegou a Calicute em 1498, na costa sudoeste da Índia, estabelecendo a rota entre Portugal e o Oriente. E em 1500, Pedro Álvares Cabral, anexou parte da América do Sul ao Império ultramarino português.
4- Em direção às Índias
Com as conquistas dos portugueses, os espanhóis que também queriam chegar às Índias, ficaram apreensivos, pois viam nos portugueses seus maiores adversários.
Pretendendo chegar às Índias, Cristóvão Colombo, o navegador genovês, saiu da Espanha em 1492, navegando em direção ao leste, rota contrária dos portugueses que iam em direção ao oeste. Dois meses depois chegou no Caribe, na América Central, e pensando ter chegado às Índias, chamou os nativos de índios.
Américo Vespúcio, mercador e navegador italiano, que foi o primeiro a constatar que as terras descobertas por Colombo, era um novo continente, e não às Índias, foi homenageado com o nome de América dado a esse continente.
5- A divisão das terras do Novo Mundo
Com a intenção de proteger o acesso aos metais preciosos encontrados e as especiarias orientais, e espalhar a fé cristã no Oriente, portugueses e espanhóis fizeram várias solicitações à Igreja Católica. Os papas emitiram vários documentos lhes concedendo o domínio no mar-oceano, ou seja, no Oceano Atlântico. Após várias negociações entre representantes portugueses e espanhóis na cidade espanhola de Tordesilhas, em 7 de junho de 1494, chegou-se a um acordo e assinaram o “Tratado de Tordesilhas”. Este documento dividia as terras do Novo Mundo entre Portugal e Espanha.
6- Os efeitos das conquistas ultramarinas

( Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/history/1826956-expansão-marítima-européia/ )

Tratado de Tordesilhas

Em 1492, o navegador genovês Cristóvão Colombo realizou uma das maiores descobertas realizadas no período das grandes navegações. Financiado pelos recursos da Coroa Espanhola, esse navegador anunciou a descoberta de terras a oeste. Tal feito acabou inserindo o reino espanhol no processo de expansão marítimo-comercial que, desde o início daquele século, já havia propiciado significativas conquistas para o Império Português ao longo de todo século XV.

Com a ascensão dos espanhóis na exploração de novas terras, o clima de disputa com os portugueses se acirrou. Para que um conflito de maiores proporções fosse evitado, o papa Alexandre VI foi convocado para negociar os limites de exploração colonial entre essas duas potências européias. Inicialmente, Portugal buscava garantir seu monopólio na costa africana e a Espanha preocupava-se em legitimar a exploração nas terras localizadas a oeste.

No ano de 1493, o papa então anunciou a assinatura da Bula Inter Coetera, que fixava uma linha imaginária a 100 léguas da Ilha de Açores. No entanto, no ano seguinte, o rei português Dom João II exigiu a revisão desse primeiro acordo, que não satisfazia os interesses lusitanos. Segundo alguns historiadores, essa mudança de idéia era um forte indício de que os portugueses tinham conhecimento de outras terras localizadas na porção sul do novo continente descoberto pelos espanhóis. Séculos mais tarde, documentos explicariam essa “repentina” mudança de idéia dos lusitanos.

Buscando evitar o desgaste de um conflito militar, os espanhóis aceitaram a revisão dos acordos com uma nova intermediação do papa. Com isso, o Tratado de Tordesilhas foi assinado em junho de 1494. Nesse novo acerto ficava estabelecida a demarcação de um novo meridiano localizado a 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde. Os territórios a oeste seriam explorados pelos espanhóis; e as terras a leste deveriam ser controladas pelos lusitanos. Dessa forma, o novo acordo assegurou a exploração lusitana em parte dos territórios que hoje compõem o Brasil.

Pouco tempo depois, as determinações desse tratado seriam questionadas pelas outras nações européias que iniciavam seu processo de expansão marítima. Diversos monarcas não aceitavam o fato de a divisão ter se restringido aos países ibéricos. Os franceses, por exemplo, passaram a organizar expedições marítimas para o Brasil em sinal do não-reconhecimento do tratado. As nações que protestaram contra, na verdade, reivindicavam o princípio de posse útil da terra para legitimar a exploração colonial.

Mediante tal proposta, os portugueses se viram forçados a intensificar os mecanismos de controle e dominação sobre seus territórios. A partir de 1530, Portugal enviou Martinho Afonso para as terras brasileiras, com o objetivo de fundar o primeiro centro de exploração colonial. Em contrapartida, expedições inglesas e francesas buscaram terras na região norte do continente americano.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola



( Fonte: http://www.brasilescola.com/historiab/tratado-de-tordesilhas.htm )